segunda-feira, abril 30, 2007

uma preocupação constante

A fundação Nacional de Ciências dos EUA (NSF) divulgou em 27 de março de 2007 um relatório sobre Ciberestrutura : uma visão das descobertas do século21 (Cyberinfrastructure Vision for 21st Century Discovery Arlington, VA: National Science Foundation, March 21, 2007.) O relatório olha diversos aspectos, divididos em capítulos:

computação de alta performance
análise e visualização da informação
organizações virtuais
comunidades virtuais fragmentadas
aprendizado e desenvolvimento humano

Por todo o documento e principalmente no capítulo sobre "analise e visualização da informação" é marcante o papel atribuído à biblioteca no desenvolvimento de uma ciberestrutura. Talvez, contudo, a maior e mais intrigante questão que o relatório levanta é se os profissionais da informação iram lidar com os desafios do século 21 ou se as tarefas da informação no espaço cibernético serão lideradas por outros profissionais.

Esta não deixa de ser uma preocupação constante e de longa data, pois há 62 anos , Vannevar Bush, um dos responsáveis pela criação da NSF, colocava as mesmas preocupações. Em 1945, Bush escreveu "As we may think" sobre os possíveis entraves para organizar a informação mantida secreta durante a guerra; apontava como barreiras: a) o afastamento das novas técnicas na formação dos recursos humanos para trabalhar com a informação; b) o instrumental de tecnologia deficiente para o armazenamento e recuperação da informação; c) a falta de um arcabouço teórico para a organização e controle da informação gerada durante a guerra.


O Relatorio da National Science Foundation, completo, esta em http://www.nsf.gov/pubs/2007/nsf0728/nsf0728.pdf , tem 64 páginas e belas figuras.

A Convivência pela não presença


Tem sido muito pensado neste século do espaço cibernético a questão do valor da tecnologia da informação, quando ponderado contra a possibilidade de uma existência mais simples e com mais felicidade.

Qual é o papel da informação eletrônica neste grande dilema do ser humano atual. Quanto da informação se orienta para uma inteligência coletiva e quanto para uma inteligência de competição individual ; e quanto se orienta para a felicidade do ser humano na simplicidade dos seus espaços reais de convivência.

Espaços do simples e doce sentimento da existência.

Domina o agir atual um fatalismo de agregação de valor individual, que quer determinar o curso dos acontecimentos como fixado e impossível de ser alterado. Esta imobilidade silente transforma o pensar em público em algo escondido, subversivo, sem esperança e infeliz.

A convivência atual acontece virtualmente em uma realidade paralela de salas de discussão e mensagens eletrônicas; os jovens preferem a comunicação instantânea de "torpedos" ou os mensageiros interativos, para conviver e relatar no momento da vivência sua vida aos companheiros. Qual o limite dos em ambientes virtuais de convivência ou do pensar colaborativo.

Cada vez mais a opção de uma vivência escondida se mostra nesta nova tecnologia da informação como a dos "Chats", o "Facebook", o "MySpace", os "Podcasts", os RSS e os Vodcasts. Uma Second Life se tornou possivel.

Sempre me preocupou refletir sobre qual é o limite da tecnologia, ou a partir de que ponto este conjunto de conhecimentos e princípios deixa de ter interesse social.

Penso que é quando a tecnologia deixa de trabalhar em benefício do indivíduo e se volta para lhe causar problemas. As novas tecnologias de informação de tão intensas produzem, também, medo, pois ao aumentar os poderes do homem o transformam, também, no objeto destes poderes, principalmente quando:

O doce sentimento da existência é vivido por nosso outro, um avatar do que sonhamos ser. Uma vivência sem presença.



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