sexta-feira, fevereiro 21, 2014

Coisas em que eu acredito: a ciência da Informação e sua diferenciação


Em meu trabalho nestes anos acredito que a informação sintoniza o mundo, pois referencia o homem  ao seu passado histórico,  às suas cognições prévias  e ao seu espaço de com(vivência), colocando-o  em um ponto do presente, com uma memória  do passado e uma perspectiva de  futuro. No  presente está o espaço de apropriação da informação pelo o indivíduo. A temática sobre a informação pode ser apreendida em uma graduação que possui um conteúdo e uma temática voltada para a formação profissional ou  em um curso de pós-graduação com o objetivo de formar  para a pesquisa e comprometida com o avanço do conhecimento no campo de conhecimento. São dois níveis de ensino e aprendizado e sua estratégia disciplinar se diferencia em razão de seu objetivo.

Acredito que qualquer reflexão sobre as condições políticas, econômicas ou sociais de um produto ou serviço de informação está condicionada a uma premissa básica da existência de  uma relação entre a informação e a  geração do conhecimento.

Existe, creio  uma ambiência de articulação desta relação com o conhecimento em  que os fluxos de informação se movimentam em dois  níveis: em um primeiro nível temos os fluxos internos de informação  que se movem entre os elementos de um sistema de agregação, armazenamento e recuperação da informação, e se orientam para um destino de organização e controle. Estes fluxos internos se agregam por uma premissa de razão prática e produtivista com um conjunto de ações pautadas por decisões de um agir baseado em princípios de uma prática estabelecida. 



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Em outro nível existem  fluxos extremos.    No fluxo extremo a direita, a premissa se transforma na promessa, uma promessa de que a informação gerada pelo autor  possa ser assimilada como conhecimento pelo receptor. No extremo esquerdo do fluxo se realiza um fenômeno de transferência do pensamento do autor para um inscrição de informação cuja Essência está na passagem de uma experiência, de um fato ou uma ideia, que está em uma linguagem de pensamento  para um texto de informação editado. Um  fluxo duas linguagens.

No fluxo à direita temos um processo de cognição que  transforma a informação em conhecimento.  Uma apropriação da informação pública para um  subjetivismo que se quer privado. Um desfalecer da informação para renascer conhecimento. No fluxo  a esquerda acontece  uma desapropriação  cognitiva, quando o pensamento, do autor, se arranja em informação, em uma linguagem com inscrições próprias. Aqui a passagem ocorre na direção dos  labirintos do pensar privado do autor para um espaço de vivência pública do leitor. Uma pulsão de criação.  

Acredito que estes fluxos indicam as possíveis dissensões entre a biblioteconomia e a ciência da informação; a ciência da informação centrada em estudos dos fluxos extremos e a biblioteconomia realizando os fluxos internos do sistema  de armazenamento e recuperação da informação e disseminação da informação,

Aldo de Albuquerque Barreto

Revisto em 2014