Para instrumentar e delimitar o pensamento subsequente defino o conceito de informação como sendo:
Conjuntos simbolicamente significantes com a competência e a intenção de gerar conhecimento no indivíduo em seu grupo e na sociedade.
Assim a informação fica qualificada como um instrumento modificador da consciência do homem e de seu grupo social. Deixa de ser uma qualidade para reduzir incerteza, para ser a própria qualidade em si.
Fica estabelecida uma essência que é a existência da relação entre informação e conhecimento, que só se realiza se esta for percebida e aceita como tal.
Passa a existir na minha reflexão uma condição estética daquela essência relacional que é a sensibilidade para apreender a informação, a emoção que tenuemente precede a percepção e representa o sentimento da momentaneidade de um sentir o mundo.
Os sentidos são a interface para apreender o percebido. Dá-nos uma concepção dos objetos e uma confiança em sua existência, mas com uma sensação que precede a percepção. A sensação que tenho ao admirar a obra de arte direciona a individualidade perceptiva e leva a apropriações individualmente diferenciadas. Aqui a linguagem se encontra com sua interface.
A linguagem como um código permeia a condição humana já a escrita como interface é uma tecnologia moderna e não existem muitos sistemas de escrita. A escrita como a manifestação gráfica de uma língua se flexiona no tempo e no contexto.
Só a informação inscrita, linear ou digital, tem lugar no continuum do perceber ao conhecer. A inscrição se revela na plasticidade de uma obra gravada em alguma forma de escrita e ela permite a conexão gráfica entre gerador e receptor, desde que os dois a possam traduzir.
Nossas mentes forjadas em uma existência oral não lidam bem com os registros da escrita e a assimilação pela tradução do código implica em redesenhar cadeias de pensamento integrando novas conexões, vinculações virtuais e qualidades cognitivas.
A percepção da escrita é complexa e envolve decodificação, recognição e interpretação. Abrange uma configuração mental com a participação de atributos específicos de avaliação, memória, signos, significantes e significados. Uma sucessão de eventos que se ajustam, para entender o significado.
Esta apreensão se dá em um momento do presente em confluência com o passado e na perspectiva do futuro. Mas na realidade virtual, a percepção está em um tempo online em uma velocidade sem distância e a interiorização acontece em um presente imponderável, pois a coisa toda faz com que passado e o futuro como que desabem no presente, de tempo real, para a assimilação dos conteúdos. Uma vivência em um presente que é a soma de todos os tempos.
Ali se processa um conjunto de atos voluntários, pelo qual o indivíduo reelabora o seu mundo modificando seu universo de conteúdos simbólicos. É o inicio do algo que nunca iniciou antes, mas que encadeará em uma consequência, ainda que, o continuum iniciado não finalize em uma realização. O conhecimento é uma onda formada e acabada em milissegundos. Por isso se evapora no momento de sua geração.
Para que o conhecimento opere é necessária a transferência dos significados simbólicos para a realidade dos receptores em uma conjuntura favorável de interação. Nesse momento nada é menos global que a informação, pois nada é mais, privado e individual que a sensação que precede a sua assimilação. Um processo diferenciado para cada receptor, um lugar individualizado para o significado que lhe é destinado.
Aldo de Albuquerque Barreto
Súmario da publicação em Colunas no DataGramaZero v.10 n.4 ago/09
http://www.dgz.org.br/ago09/F_I_com.htm
Conjuntos simbolicamente significantes com a competência e a intenção de gerar conhecimento no indivíduo em seu grupo e na sociedade.
Assim a informação fica qualificada como um instrumento modificador da consciência do homem e de seu grupo social. Deixa de ser uma qualidade para reduzir incerteza, para ser a própria qualidade em si.
Fica estabelecida uma essência que é a existência da relação entre informação e conhecimento, que só se realiza se esta for percebida e aceita como tal.
Passa a existir na minha reflexão uma condição estética daquela essência relacional que é a sensibilidade para apreender a informação, a emoção que tenuemente precede a percepção e representa o sentimento da momentaneidade de um sentir o mundo.
Os sentidos são a interface para apreender o percebido. Dá-nos uma concepção dos objetos e uma confiança em sua existência, mas com uma sensação que precede a percepção. A sensação que tenho ao admirar a obra de arte direciona a individualidade perceptiva e leva a apropriações individualmente diferenciadas. Aqui a linguagem se encontra com sua interface.
A linguagem como um código permeia a condição humana já a escrita como interface é uma tecnologia moderna e não existem muitos sistemas de escrita. A escrita como a manifestação gráfica de uma língua se flexiona no tempo e no contexto.
Só a informação inscrita, linear ou digital, tem lugar no continuum do perceber ao conhecer. A inscrição se revela na plasticidade de uma obra gravada em alguma forma de escrita e ela permite a conexão gráfica entre gerador e receptor, desde que os dois a possam traduzir.
Nossas mentes forjadas em uma existência oral não lidam bem com os registros da escrita e a assimilação pela tradução do código implica em redesenhar cadeias de pensamento integrando novas conexões, vinculações virtuais e qualidades cognitivas.
A percepção da escrita é complexa e envolve decodificação, recognição e interpretação. Abrange uma configuração mental com a participação de atributos específicos de avaliação, memória, signos, significantes e significados. Uma sucessão de eventos que se ajustam, para entender o significado.
Esta apreensão se dá em um momento do presente em confluência com o passado e na perspectiva do futuro. Mas na realidade virtual, a percepção está em um tempo online em uma velocidade sem distância e a interiorização acontece em um presente imponderável, pois a coisa toda faz com que passado e o futuro como que desabem no presente, de tempo real, para a assimilação dos conteúdos. Uma vivência em um presente que é a soma de todos os tempos.
Ali se processa um conjunto de atos voluntários, pelo qual o indivíduo reelabora o seu mundo modificando seu universo de conteúdos simbólicos. É o inicio do algo que nunca iniciou antes, mas que encadeará em uma consequência, ainda que, o continuum iniciado não finalize em uma realização. O conhecimento é uma onda formada e acabada em milissegundos. Por isso se evapora no momento de sua geração.
Para que o conhecimento opere é necessária a transferência dos significados simbólicos para a realidade dos receptores em uma conjuntura favorável de interação. Nesse momento nada é menos global que a informação, pois nada é mais, privado e individual que a sensação que precede a sua assimilação. Um processo diferenciado para cada receptor, um lugar individualizado para o significado que lhe é destinado.
Aldo de Albuquerque Barreto
Súmario da publicação em Colunas no DataGramaZero v.10 n.4 ago/09
http://www.dgz.org.br/ago09/F_I_com.htm
Nenhum comentário:
Postar um comentário