quarta-feira, outubro 02, 2013

Os privilegiados da informação



 "de que adianta esta luz Senhor, se ela não brilha em mim"  **



O Brasil aparece na 57ª posição no ranking global de capital humano divulgado nesta terça, 1º de outubro 13 pelo Fórum Econômico Mundial . O ranking de “Human Capital Report”, avalia as condições para o desenvolvimento  profissional em 122 países e suas consequências para o desenvolvimento da sustentável. O índice do capital humano de um país - que consiste nas habilidades e capacidades de sua “população ativa” para promover a produção e desenvolvimento deste país;  leia mais sobre isso na notícia de O Globo. (http://goo.gl/hbstUH)

Contudo, indo ao site do IBGE  (http://goo.gl/C0UvJs ) vemos que nas  tabulações mais recentes*  verifica-se uma dura realidade sobre a educação da Força de Trabalho do Brasil. O estoque de indivíduos com  11 anos de  estudo ou mais  ( 1º e 2º grau)  corresponde a  40 milhões pessoas para uma força de trabalho de cerca de 100 milhões, o restante da força de trabalho , ou seja, algo como 60 milhões de indivíduos não teria condições de processar informação em conhecimento, considerando unicamente o fator educação formal.

Só uma pequena parcela da força de trabalho  tem condições de elaborar e se apropriar da informação para transformar em conhecimento e em seu desenvolvimento  e de sua comunidade de convivência. A sociedade brasileira teria hoje de 200 milhões de habitantes, porém   pelo menos o total da força de trabalho merecia estar em uma sociedade da informação. O que temos hoje se aproxima mais de um "Country Club" da informação do que uma sociedade da informação e conhecimento.

O alto dispêndio de recursos (escassos) que se tem com profissionais e com a operacionalização para disseminação da informação se direciona a um "clubinho" de privilegiados da informação.




*Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 1992/2007
** Santo Agostinho, Confissões.

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