Para instrumentar e delimitar o meu pensamento subsequente entendo o conceito de informação como sendo:
“conjunto simbolicamente significante com a competência e a intenção de gerar conhecimento no indivíduo em seu grupo e na sociedade.”
Assim, definida a informação fica qualificada como um instrumento modificador da consciência do homem e de seu grupo social. Deixa de ser, unicamente, uma medida de organização, por redução de incerteza, para ser a própria organização em si.
Fica ainda, estabelecida a existência de uma relação entre informação e conhecimento, que só se realiza se esta for percebida e aceita como tal colocando o indivíduo sensível em um melhor estágio de vida, consciente consigo mesmo e com o mundo onde realiza a sua odisséia individual.
Passar a existir na minha reflexão a função estética do fenômeno do conhecimento que é a sensibilidade para apreender a informação; a emoção que tenuemente precede a percepção e representa um sentimento da momentaneidade do eu avaliando o mundo.
Os sentidos têm o a função de nos fazer conhecer o percebido. Dá-nos uma concepção dos objetos e uma confiança em sua existência, uma sensação que acompanha a percepção. Ao cheirar uma rosa o odor esta inscrito na flor que é a base para a percepção, neste caso é a qualidade da rosa que percebo pelo olfato. Há nesta intervenção tanto sensação quanto percepção. “O olho não pode deixar de ver: Não podemos calar o ouvido. Nossos Corpos sentem, onde quer que estejam, contra ou com a nossa vontade” *
O suporte de inscrição da informação pauta o regime de nossa percepção e sempre queremos que as tais inscrições digam mais que o permitido pelos seus códigos. Há, assim, uma enorme vontade de multiplicar os discursos. Discursos crescentes que se acumulam em estoques.
Quando falamos dos estoques de informação queremos indicar, o acervo, um quantum de informação armazenada que é um componente do conhecer operando via percepção do conteúdo arranjado em uma base. Este acervamento estático não gera conhecimento. Existe como possibilidade, como potência da condição de gerar conhecimento.
Para que o conhecimento opere é necessária uma transferência dos “significados em armazém” para a realidade dos receptores em uma conjuntura favorável de comunicação. Nesse momento nada é menos total que a interação com a informação inscrita, pois nada é mais subjetivo, privado e individual que a sensação que precede a assimilação. O processo é diferenciado e oculto, para cada receptor e a apropriação é dele, de mais ninguém. É este então, o lugar do conhecimento, a consciência individualizada que apreende um significado que lhe é destinado.A assimilação da informação é, assim, a finalização de um processo de aceitação que transcende o uso no ato de apropriação. Entendo o conhecimento como uma passagem, um fluxo de percepções que são amoldadas pela mente e este é um processo que se realiza no espaço de uma subjetividade. É um caminho pessoal e distinguido e revela um ritual de interação entre um sujeito e uma determinada estrutura de informação, que gera uma alteração em seu saber acumulado.
Esta apropriação representa um conjunto de atos voluntários, pelo qual o indivíduo reelabora o seu mundo modificando seu universo de conteúdos simbólicos. É uma criação em convivência com cognições prévias e com sua percepção. É um inicio do que nunca iniciou antes, mas que encadeará sempre a uma conseqüência, ainda que, aconteça um retorno para ao estado inicial. O conhecimento como pixels de fósforo da tela de raios catodos de uma interface digital acendem e apagam na criação do pensamento em uma escrita digital. Um fluxo que se finaliza no seu acabamento e tem a evanescencia de fantasmas. “O pensamento nada mais é que uma onda elétrica pequenininha se espalhando pelo cérebro numa escala de tempo de milissegundos” **
Nesta relação só a informação inscrita pode ter lugar no continuum do perceber ao conhecer. Seja esta inscrição digital ou em papel ou papiro; em pedras de um sítio arqueológico, na múmia museificada ou em um arquivo domiciliado. Inscrição, ainda, na observação da imagem da estrela que fica cadente no céu ou no som do apito de um trem, contumaz passante, indicando sempre que são às cinco horas da tarde. A relação da informação com o conhecimento se efetiva na inscrição.
“conjunto simbolicamente significante com a competência e a intenção de gerar conhecimento no indivíduo em seu grupo e na sociedade.”
Assim, definida a informação fica qualificada como um instrumento modificador da consciência do homem e de seu grupo social. Deixa de ser, unicamente, uma medida de organização, por redução de incerteza, para ser a própria organização em si.
Fica ainda, estabelecida a existência de uma relação entre informação e conhecimento, que só se realiza se esta for percebida e aceita como tal colocando o indivíduo sensível em um melhor estágio de vida, consciente consigo mesmo e com o mundo onde realiza a sua odisséia individual.
Passar a existir na minha reflexão a função estética do fenômeno do conhecimento que é a sensibilidade para apreender a informação; a emoção que tenuemente precede a percepção e representa um sentimento da momentaneidade do eu avaliando o mundo.
Os sentidos têm o a função de nos fazer conhecer o percebido. Dá-nos uma concepção dos objetos e uma confiança em sua existência, uma sensação que acompanha a percepção. Ao cheirar uma rosa o odor esta inscrito na flor que é a base para a percepção, neste caso é a qualidade da rosa que percebo pelo olfato. Há nesta intervenção tanto sensação quanto percepção. “O olho não pode deixar de ver: Não podemos calar o ouvido. Nossos Corpos sentem, onde quer que estejam, contra ou com a nossa vontade” *
O suporte de inscrição da informação pauta o regime de nossa percepção e sempre queremos que as tais inscrições digam mais que o permitido pelos seus códigos. Há, assim, uma enorme vontade de multiplicar os discursos. Discursos crescentes que se acumulam em estoques.
Quando falamos dos estoques de informação queremos indicar, o acervo, um quantum de informação armazenada que é um componente do conhecer operando via percepção do conteúdo arranjado em uma base. Este acervamento estático não gera conhecimento. Existe como possibilidade, como potência da condição de gerar conhecimento.
Para que o conhecimento opere é necessária uma transferência dos “significados em armazém” para a realidade dos receptores em uma conjuntura favorável de comunicação. Nesse momento nada é menos total que a interação com a informação inscrita, pois nada é mais subjetivo, privado e individual que a sensação que precede a assimilação. O processo é diferenciado e oculto, para cada receptor e a apropriação é dele, de mais ninguém. É este então, o lugar do conhecimento, a consciência individualizada que apreende um significado que lhe é destinado.A assimilação da informação é, assim, a finalização de um processo de aceitação que transcende o uso no ato de apropriação. Entendo o conhecimento como uma passagem, um fluxo de percepções que são amoldadas pela mente e este é um processo que se realiza no espaço de uma subjetividade. É um caminho pessoal e distinguido e revela um ritual de interação entre um sujeito e uma determinada estrutura de informação, que gera uma alteração em seu saber acumulado.
Esta apropriação representa um conjunto de atos voluntários, pelo qual o indivíduo reelabora o seu mundo modificando seu universo de conteúdos simbólicos. É uma criação em convivência com cognições prévias e com sua percepção. É um inicio do que nunca iniciou antes, mas que encadeará sempre a uma conseqüência, ainda que, aconteça um retorno para ao estado inicial. O conhecimento como pixels de fósforo da tela de raios catodos de uma interface digital acendem e apagam na criação do pensamento em uma escrita digital. Um fluxo que se finaliza no seu acabamento e tem a evanescencia de fantasmas. “O pensamento nada mais é que uma onda elétrica pequenininha se espalhando pelo cérebro numa escala de tempo de milissegundos” **
Nesta relação só a informação inscrita pode ter lugar no continuum do perceber ao conhecer. Seja esta inscrição digital ou em papel ou papiro; em pedras de um sítio arqueológico, na múmia museificada ou em um arquivo domiciliado. Inscrição, ainda, na observação da imagem da estrela que fica cadente no céu ou no som do apito de um trem, contumaz passante, indicando sempre que são às cinco horas da tarde. A relação da informação com o conhecimento se efetiva na inscrição.
Seria, então, um resguardo intelectual referências à gestão do conhecimento, base de conhecimento, organização do conhecimento ou conhecimento tácito como entidades teóricas de existência estabelecida, mas admitida por crença.
São entidades que abstraem ter uma estrutura e uma inscrição, pois prescindem e se colocam congênitas com a percepção. São manifestadas antes de se exprimir e não podem ser evidenciadas ou percebidas na qualidade do objeto. São institutos que querem ser resolvidos na condição de uma resposta divinamente revelada. Trata de um, quando quer falar do outro. Trata da informação fixa em sua base, mas quer indicar como permanente algo que se extingue no momento de sua criação.
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* Miguel Nicolelis, neurocientista, em entrevista a Folha de São Paulo de 10 de junho [JC email da SBPC 3781]
** Wordswirth (1798) – “The Tables Turned” in Select Poems, Sharroc
* Miguel Nicolelis, neurocientista, em entrevista a Folha de São Paulo de 10 de junho [JC email da SBPC 3781]
** Wordswirth (1798) – “The Tables Turned” in Select Poems, Sharroc
Um comentário:
Parabéns, pelo texto, gostei muito das suas reflexões!
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